sexta-feira, 16 de maio de 2014

Você sabe a utilidade do lúpulo na cerveja?


Você sabe para que o lúpulo é utilizado nas nossas cervejas?

O lúpulo é uma liana européia da espécie Humulus Lupulus, e é utilizado nas receitas de cerveja juntamente com o grão maltado, a água e o levedo.
Ele é adicionado durante a fervura e libera sua resina que pode ser voltada para o amargor ou para o aroma.

Indo mais a fundo, o lúpulo é um conservante natural e por isso é utilizado nas receitas há muito tempo. 

O primeiro cultivo foi em Hallertau no ano de 736, e adicionado na primeira cerveja no ano de 1067 sendo utilizado até hoje.

Suas resinas são compostas por dois ácidos: Alfa Ácido e Beta Ácido.

Alfa Ácido: Ácidos alfa têm uma leve efeito antibiótico/bacteriostático contra bactéria Gram-positiva, e favorece a atividade exclusiva da levedura durante a fermentação da cerveja. Os alfa ácidos são responsáveis ​​pelo sabor amargo na cerveja, porém o mesmo é insolúvel em água até ser isomerizado pela ebulição do mosto. Quanto maior o tempo de ebulição, maior o percentual de isomerização e mais amarga a cerveja será. No entanto, os óleos que contribuem com sabores e aromas característicos são voláteis e se perdem em grande quantidade durante longas fervuras. Há muitas variedades de lúpulo, mas estes podem ser divididos em duas categorias gerais: Amargor e Aroma. Lúpulos de amargor são ricos em ácidos alfa, cerca de 10 por cento de seu peso. Lúpulos de aroma contêm geralmente menos, cerca de 5 por cento e produzem um sabor e aroma mais desejável à cerveja. Muitas variedades estão no meio termo e são utilizadas para ambos os fins. Lúpulos de amargor são acrescentados no início da ebulição e fervidos durante cerca de uma hora. Lúpulos de Aroma são adicionados ao final da fervura e normalmente fervidos por 15 minutos ou menos. Adicionando diferentes variedades de lúpulo em diferentes momentos durante a fervura, um perfil mais complexo de lúpulo pode ser alcançado, fazendo com que a cerveja apresente um equilíbrio entre amargor, sabor e aroma.

Beta Ácido: Beta ácidos não isomerizam durante a fervura do mosto, e têm um efeito desprezível no sabor da cerveja. Em vez disso, eles contribuem para o aroma da cerveja; variedades de lúpulo com elevados níveis de beta ácidos são muitas vezes adicionados no final da fervura do mosto para conferir aroma. Beta ácidos, podem oxidar e dar origem a compostos como o dimetilsulfureto (DMS), que produz na cerveja sabores estranhos, como legumes podres ou milho cozido.

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